sábado, 18 de julho de 2015

5º capítulo-"Sempre pensei que a minha morte fosse diferente"

Hey! Como prometido é devido, vou divulgar a fic linda da Ri! Gosto particularmente porque fala sobre outros jogadores não tão conhecidos mas igualmente importantes claro J Aconselho porque eu adorei e estou ansiosa para mais. Acho que vai haver muita gente surpresa com este e por isso não digo mais nada! P.S. SIM PODEM-ME BATER POR TER DEMORADO MIL ANOS, MAS EU COMPENSEI-VOS!

“Love is a funny thing…” - http://www.lovesomeonefic.blogspot.pt/

Boa leitura :p  
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De manhã:

Acordei cheia de dores de cabeça. Abri lentamente os olhos e raparei que não estava em casa. Quando olhei para o lado, ali estava ele. E toda a memória da noite passada veio. Podia ter bebido imenso, mas foi tudo tão marcante que nada foi esquecido. Acordei-o e só perguntei:

-Como é que isto aconteceu?!- Fiquei completamente chocada. Afinal era mesmo um jogador. E era do Benfica.  

-Talvez, podemos dizer que não resistimos um ao outro.

-Sílvio, isto não tem piada!-O pior é que não havia sequer uma parte da noite que eu não me lembrasse. Sinto-me horrível.

-Mas qual é o problema? És comprometida? Calma, eu não vou dizer nada.- Sim, ele estava a ser sincero, notava-se, aliás eu sempre admirei o Sílvio por ser alguém que teve que passar por muito e que sempre se manteve forte e batalhador por aquilo que queria. MAS NÃO AO PONTO DE DORMIR COM ELE!

-Não, eu não sou comprometida. Mas não quero que penses que sou uma “maria-chuteira”. – Em parte era verdade. Eu não queria que ele pensasse que me aproveitei dele. Foi um momento de carência.

-Nada disso! Ambos estávamos um pouco alterados, mas eu estava melhor que tu e dei-te uma ajuda porque já sabia que trabalhavas no Benfica. Acho que nenhum dos dois pensou que a noite ia terminar assim. Mas foi mau?- Uau, ele foi direto, sem medo de perguntar. Então, respondi-lhe igualmente.

-Não nego, foi muito bom, mas eu acho que nos devemos conhecer melhor para recordarmos esta noite com melhores olhos.

-Então, comecemos por levar a donzela a tomar um pequeno-almoço e depois vamos juntos para o caixa, pode ser?- Dava jeito visto que hoje era dia de eu trabalhar no caixa futebol campus.

Eu tomei um banho lá em sua casa e para vestir emprestou-me uma sweatshirt que servia tipo vestido, como eu lhe pedi para passarmos por minha casa visto que ontem já tinha posto de parte a roupa que iria usar hoje no trabalho por isso seria rápida a trocar-me. Ele concordou e quando já ambos prontos, fomos ter a minha casa. Perguntei-lhe se queria subir, mas ele disse que tínhamos tempo (pois acordamos bastante cedo) portanto esperava no carro. Subi, arranjei-me desta forma: 


Desci e fomos á esplanada perto da ponte 25 de abril, a que eu fui com a Adriana. Falamos muito de como éramos, partilhamos momentos da nossa vida. Acho que acabámos por nos conhecer um ao outro e devo dizer que adorei o Sílvio e que quero manter contacto. Mas o dever chama e acabamos por ir para o caixa. No carro contávamos piadas um ao outro.

-Olha, era uma vez um pinguim que respirava pelo rabo. Um dia sentou-se e morreu. 

-Ai nossa, que piada mais seca Joana.- Embora dissesse aquilo, Sílvio não parava de rir.
Entre brincadeiras e risos, chegamos e cada um foi para o seu canto. Estava entretida no meu trabalho quando achei que precisava de um café. Fui até á máquina de café que existia perto do meu pequeno gabinete e tirei um. Foi quando me tocaram no braço. Virei-me e era uma rapariga.

-Desculpa te incomodar, mas sabes se os treinos da equipa principal já terminaram?- Ela era tão doce, tão linda que acho que no meu interior senti uma pequena inveja.

-Não tem problema, não acho que começaram mesmo agora e são privados.

-Oh treta, o próximo comboio só vem a meio da tarde.

-Calma, se quiseres podes esperar pelo fim do treino no meu gabinete. Não é muito grande mas cabemos lá as duas. Já tomaste o pequeno-almoço?- Ela negou e então acabei por ir com ela ao bar, dar-lhe um pequeno-almoço que paguei eu. Ela queria pagar mas eu quis pagar, parecia esfomeada. Conversamos e quando ela acabou o pequeno-almoço fomos para o meu gabinete.

-Então, quem vieste visitar?

-O André Gomes, sou a namorada dele. – Parecia que tinha levado um murro.

-Ahh, claro, és a namorada do André.

-Sim, parece que sim. – Deu um sorriso genuíno.

-Já agora, sou a Joana. -Dei-lhe um sorriso, tentando fazer com que parecesse genuíno.

-Eu sou a Mariana.

Conversamos mais um pouco e quando reparei, o treino acabara. Levei a Mariana até ao Gomes.

-Olá amor!- Mariana abraçou Gomes, que estava espantadíssimo.

-Olá! Estavas com a Joana?

-Sim, ela foi uma querida mas isso eu depois conto-te. Agora, vou agradecer á Joana.
E abraçou-me. E eu senti-me tão mal, mesmo não sabendo da existência dela, sinto-me uma pessoa imunda.

-Se me dão licença, tenho de ir! Mariana se precisares de alguma coisa, sabes onde me encontrar!- Disse, tentando não chorar. No entanto cheguei ao gabinete e só tive uma reacção: Chorar.

Sinto-me dividida, perdida, estragada, arruinada. Sinto-me uma miúda pequena que não sabe o que fazer. Mas parei imediatamente e lembrei-me que tinha que ligar ao Almeida para ele me contar o que é que aconteceu entre ele e a Soraia, visto que estava chateada com a minha irmã. Como ele ainda estava no caixa, rapidamente veio cá ter.

-Agora, desabafa.- Disse-lhe.

E foi aí que ele me contou tudo. E eu fiquei escandalizada. Porquê? Porque é que ela fez isto a ela própria e a este rapaz? Abracei-o com tudo o que tinha e ele agradeceu-me imenso. Não pensei em mais nada e fui a casa. Ela lá estava. Furiosa, exclamei-lhe:

-E não me contaste nada porquê? Um aborto?! Eu começo a pensar que está na hora de voltares para Braga.

-Como é que tu sabes disso?

-Tu achavas que ias esconder isso de mim por muito tempo?! Eu falei com o pai do fruto que carregaste mas que por puro egoísmo abortaste! Como? Como é que te transformaste neste… neste monstro?- Eu estava tão mal, tão, tão… Tão enojada.

-Vocês não sabem do que falam! Eu e só eu sei do que falo e do que aconteceu! Parem de julgar-me como se tivesse cometido um assassinato!- Ela estava possessa. Embora eu não estivesse melhor.

-E não cometeste?- Silêncio.- Vês? Até tu concordas. Sabes que mais? Eu não te conheço, não faço a mínima quem tenho á minha frente, mas definitivamente não é a minha irmã. Mas por favor, se vires a minha irmã, diz-lhe que eu estou aqui para tudo. Agora essa pessoa que criaste, que tenha cuidado comigo. Porque eu sou demasiado direta e frontal para me calar com cenas destas.

Ela chorava. Eu chorava por vê-la assim. Mas por muito que olhe para ela, não consigo deixar de pensar naquela que podia ter sido a alegria da minha mãe. Que podia ter sido a alegria do meu pai, apesar de ele já não estar mais entre nós. Meu pai, o quanto eu preciso de ti! Preciso que venhas e me digas o que fazer. Porque sozinha não aguento! E o André, o pai daquela criança? Que se sente meio morto, meio vivo? Que não consegue subir na carreira, por não ter concentração pois só pensa no que aconteceu!
A campainha toca. Eu vou abrir. Instantaneamente entra o Gomes e começa a gritar:

-COM O SÍLVIO?! É PRECISO EU SAIR PARA IRES-TE DEITAR COM OUTRO JOGADOR?! ÉS UMA GRANDESSÍSSIMA…

-WOW, WOW, WOW CALMA AÍ! O QUE É QUE TU TENS A VER COM ISSO?!- Por surpresa de todos, não fui eu que falei, mas sim foi o Sílvio que vinha como um louco atrás do André.

-Eu, bem eu… Hum…- Gomes sem fala. Que pena que eu tenho.

-Bem me parecia! Agora vamos embora antes que me passe contigo!-Disse Sílvio.

-Precisamos de falar mais tarde.- Afirmaram ambos ao mesmo tempo. E nenhum deles estava contente.

-C..laro, claro que sim.- Foram embora e fecharam a porta. E estava sozinha porque eu bem vi a Soraia a fugir a meio da pequena discussão.

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Soraia

Nota da autora: Se quiserem, eu escrevi esta parte a ouvir “Breathe me- Sia” e dá bastante realidade a esta cena. Podem ouvir ou não, mas aconselho!

Ninguém sabe ou compreende. Ninguém, por muito que queira ajudar, pode ajudar. Ninguém pode dizer que não amei este pequeno bebé. Quando o médico afirmou que estava grávida, eu senti-me tão feliz, capaz de conquistar o mundo. Imaginava um pequeno André a correr pela casa com a sua bola de futebol. Imaginava um pai preocupado atrás dele. E imaginava uma mãe sorridente a observar a cena. Ou então uma princesa, pequenina com a sua boneca de um lado para o outro. Eu contei-lhe que ele iria ser pai e ele ficou tão feliz! Tão orgulhoso, posso mesmo dizer que naquele momento era a mulher mais amada do mundo! Tudo que eu vivi com o André, foi mágico, cada sorriso, toque, carícia, beijo, cada noite de puro e terno amor! Mas a vida prega-nos partidas e eu não esperava isto. Não esperava ser obrigada a abortar. Mas foi uma escolha, era isso ou … É outra história, ninguém mais quer saber de mim, nem do que faço ou deixo de fazer! Sentem nojo, repulsa e até eu sinto isso! Sinto dentro de mim um vazio, sinto-me a pior pessoa do mundo. Sinto mas tem que acabar. Ver que o homem da minha vida me odeia, que a minha irmã que sempre me viu como uma heroína me odeia, simplesmente acabou comigo. Fraqueza? Talvez. Talvez eu possa dizer que sou fraca, que não luto. Sempre fui assim. Desde o primeiro momento da minha vida, á morte do meu pai, á saída de Braga, ao aborto, á relação com o André, SEMPRE! Sinto-me lixo, sinto que não tenho mais espaço neste mundo, que não pertenço mais aqui! Quando o meu pai faleceu, eu estava de mão dada com ele. Ele fez-me prometer que iria cuidar da sua pequena, da Joana e do amor da sua vida, a minha mãe! E eu segui isso á risca, tanto á risca que me esqueci de cuidar de mim, esqueci-me de como era ser uma pessoa e o André quando entrou na minha vida lembrou-me isso tudo! Ele não merecia, não merecia sofrer tanto, meu deus porque é que eu entrei na vida dele? E a minha irmã, aquela que mais me apoia, é a que mais sofre comigo e com as minhas asneiras. A minha princesinha, a pessoa que com certeza mais amo no mundo, tornou-se um mulherão! Alguém que batalhou contra tudo e todos, mas chegou onde queria. Sofreu tanto, devo dizer. E por não querer que nem ela nem o André sofram mais é que tomei esta decisão. Sim, está na hora. Na hora de facilitar tudo. Pareço uma desesperada a chorar dentro do carro, com um saco de comprimidos na mão. Sempre pensei que a minha morte fosse diferente do que uns meros comprimidos, mas eu não aguento mais. Vou fugir para a beira do meu papá e do meu filho! Vou ser feliz, muito feliz como nunca outrora fui! Cansei de viver, chega de estragar a vida aos outros. Chega de ser um estorvo, de trazer infelicidade para as pessoas. E agora perguntam: Será a melhor solução? E eu respondo: Sim, a melhor solução é a Soraia deixar de existir e como o André me disse na nossa discussão morrer bem longe dele! 

Reviravoltas e não acabam por aqui meninas. 
Para vocês, mais do próximo capítulo: 
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-Sê sincera: O que é que tu vês nele? 
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-Eu não sei, eu só sei que não te quero perder.
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-Foi carência ou outra coisa?
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-Sim, sim eu sou a irmã.
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-Por favor André, eu peço-te, não me deixes aqui sozinha!-Disse, desesperada.
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 Podem sugerir cenas do capítulo etc etc 
ESTOU A PREPARAR UMA SURPRESA PARA VOCÊS :) :) ;) Para saber, estejam atentas! 
Beijinhoooos 


2 comentários:

  1. Oi :)
    Obrigada por divulgares o meu blog, linda...
    Bem, que reviravolta! Hmmm, olha que a Joana tem muito bom gosto, sim senhora, Gomes e Sílvio? Também eu queria :P
    Estou realmente preocupada com a Soraia, espero que tudo se resolva entre ela e o Almeida e entre ela e a irmã...
    Quero mais, por favor!
    Beijinhos,
    Rita B.

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    1. Eu disse que a Joana não falha ahahahah Vai ficando atenta, isto ainda tem muito que se lhe diga :p
      Beijinhos

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